Pesquisar neste blogue

12 março 2010

Mais um ano sem a tua presença no teu aniversário. Mais um ano com uma data de lágrimas derrubadas. Mais um ano de dor, de alegrias, de sofrimentos, de amizades e de amores.
Este ano, finalmente terminei o meu casamento. O mesmo casamento que há 17 anos, foste, juntamente com a mamã, completamente contra. Mas eu, teimosa, como sempre fui, tive de levar a melhor. Sabes bem o que passei estes anos todos, mas o resultado, do melhor e do pior, foram os teus “chuchus”.
Foi complicado este ano, mas também bastante gratificante.
Como sabes fiz projectos a curto prazo após o final do meu casamento. Vim para a nossa casa, junto com os meninos, instalei-me de armas e bagagens em casa da avó, e aqui estou eu, a fazer companhia à minha Mãezona. Acabei o curso, muito a custo, pois a cabeça por vezes não esteve no seu melhor, e agora vem o desespero de conseguir arranjar trabalho. Vê se dás uma ajuda aí de cima.
Apaixonei-me, como nunca me tinha acontecido na vida, nem mesmo pelo pai dos meus filhos. Por ele fiz doideiras que nunca pensei fazer por alguém. E hoje tento deixar de sofrer, por não ter dado certo entre nós. Também é natural, somos diferentes, temos maneiras diferentes de ver a vida, assim como objectivos de vida diferentes.
Hoje, quero, e vou conseguir, dar um rumo elegante à nossa vida. Sei que vou conseguir, pois tenho uma força interior estupenda, que mesmo a desabar por completo não me deixa derrubar; essa mesma força que herdei de ti e da minha Mãe, mas que para ti não foi suficiente para te deixar ficar entre nós.
Sofro com a tua ausência, é muito dolorosa. Já parece quando andavas embarcado e que estavas tantos meses no mar. Nessa altura, ainda tínhamos um postal, hoje apenas a tua lembrança…
AMO-TE do fundo do meu coração e só lamento não to ter dito mais vezes em tua vida. Mas (in) felizmente tive a oportunidade de me despedir de ti, de abrir o meu coração e de te dizer o que sentia, e continuo a sentir por ti.
Para sempre me irá ficar na lembrança o primeiro tabefe que me deste aos seis anos e que perdi um dente, o dia em que me ofereceram a minha primeira (e única) bicicleta, ou até mesmo dos nossos passeios de mota no campo e que me deixavas guiar a Z3. Saudades desses belos tempos que irão ficar comigo para sempre. O que nunca irei esquecer foi o brilho do teu olhar no dia em que nasceram os teus netos. Não sei, mas acho que foi um dos dias mais felizes da tua vida, principalmente quando veio o Luís, o filho que não tiveste.
A esta altura já tenho os olhos completamente inchados de tanto chorar, (amanhã tenho uma entrevista, tenho de os disfarçar), a Bia já veio ver o que se passava e eu, eu deitei para fora o que há tanto tempo me andava a afogar.
Prometi a um anjo que me ia recompor, recompor da minha dor, do meu luto, que ia tirar estes pesos que tenho em cima de mim.
Acabou-se o luto!!!
Luto de Pai… luto de ex-marido… luto de ex-namorado!!!
Chega!!!
Ah! É verdade… continuo a ter um orgulho enorme de ser tua filha.
Com todo o meu amor