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07 julho 2009

Desejo-te...

Para que existas em mim
Para que definitivamente possa ter-te, e no
Meu corpo feito de areia desmaio, a cada vaga de espuma branca
Que célere, avança sobre mim quando tu, em artes de feiticeiro
Me invades e invocas aos céus
Todos os santuários repletos de desejos.
São iguarias de espécie o que me dás, delicados paladares exóticos,
E quando à noitinha em êxtase eu bebo o sémen da vida que de ti brota,
Murmuro então, o teu nome na minha cama, para
Que ele inunde o lençol que me cobre.
Oh! Sim, eu murmuro o teu nome, porque só as coisas murmuradas são
Audíveis aos anjos, que dançam essa dança, que é dar-te diante de mim,
Na imensidão do espaço onde o meu corpo te aperta sufocando o ar que
Nos separa.
É o querer ter-te em mim, é o querer que os meus olhos
Possam ver, mais para além da simples miragem de ti!

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